A proposta deste trabalho partiu inicialmente de uma tarefa requisitada para a disciplina optativa II, “Identidades Culturais na Pós-Modernidade”, do curso de Letras da Faculdade São Luís de França, dirigido pela professora, orientadora e coordenadora, Vilma Mota Quintela. A pesquisa foi feita acerca do tema “O CENTENÁRIO DA RUA SÃO JOÃO”, fazem parte desse trabalho os acadêmicos do 5ª período do curso de letras da instituição já mencionada, que são: Jairo Nascimento dos santos, Maria Carmelia da Silva Meneses, Marysandra Melo dos Santos e Rosélia dos Santos Vieira. O primeiro passo foi fazer um levantamento sobre o tema, refletir se era realmente uma pesquisa inovadora e enriquecedora para o leitor e para a nossa formação acadêmica, logo percebemos que sim. Uma vez que falar de Identidades Culturais na Pós-Modernidade, exige um estudo minucioso do que realmente significa a palavra cultura. Segundo a definição de Danilo Gandin (Assim, ciência, técnica, filosofia, arte, religião e as ações e os frutos que lhes são ligados, bem como o senso comum e os resultados que ele produz,são culturas. Assim, também, deve-se dizer que a cultura é algo produzido pelo homem, mas que, depois em grande escala (ou completamente) produz o homem; a cultura dentro da qual nós nascemos nos condiciona de tal modo que, mesmo quando procuramos libertar-nos, temos que fazê-lo dentro dos esquemas culturais aos quais pertencemos) (GANDIN, DANILO, Escola e Transformação Social, pág. 39). Durante as aulas foi instigada a questão “A Identidade Cultural na Pós-Modernidade” com base na teoria de STUART HALL, o qual aborda o tema com grande propriedade e apresenta três concepções de identidade (O sujeito do iluminismo, o sociológico e o sujeito pós-moderno, cada um com sua definição). A proposta dessa pesquisa foi desvendar de fato como surgiram as manifestações de caráter religioso que tiveram inicio no ano de 1910 e que persisti como referência cultural para o Estado de Sergipe até os dias atuais.
A pesquisa foi planejada e executada de forma organizada para apresentar um bom resultado. Fez-se uso de equipamentos como maquina-fotográficas, câmeras, computador, pen-draive, cd e dvd os quais possibilitaram um vasto apanhado de informações que fundamentaram este trabalho, além de Pesquisas de campo, na Rua São João, no Centro Social São João de Deus, visita ao Arquivo Publico Municipal de Aracaju. Porem, as dificuldades surgiram no momento em que fomos perpetrar a pesquisa de campo, pois, ao chegarmos à Rua centenária nos deparamos com pessoas que não estavam dispostas a falar sobre o assunto, talvez não soubessem discorrer em relação a essa historiografia tão rica e vasta que é a da Rua São João. Então, com muita insistência e cautela localizamos a residência do Sr. Antônio Soares de Freitas, o qual gentilmente nos recebeu e nos relatou episódios que foram de fundamental importância e que serviu como embasamento para a pesquisa.
O Sr. Antonio tem 87 anos, é considerado o morador mais antigo da rua e é também ex-presidente da comissão organizadora dos festejos da Rua São João, além de ter contribuído para a elevação da Rua centenária. O objetivo dessa investigação foi conhecer a tradição centenária da Rua São João, bem como identificar os reais motivos que provocaram o esvaziamento e a conseqüente decadência da Rua secular, e provocar a reflexão do leitor em relação ao tema, além disso, a importância desse estudo é retratar as fortes influências que os festejos juninos da Rua de São João trouxeram para a elevação cultural de Sergipe e fazer-nos descobrir o quanto é rica nossa cultura local. Uma vez que, a Rua São João, já foi um atrativo cultural para o Estado de Sergipe, uma festa que se assemelham com as celebrações juninas típicas das pequenas cidades do interior Sergipano, pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo já veio prestigiar essa cultura como Alemanha, Inglaterra, França, China e EUA, e que é lembrada como sinônimo de amor, cultura e tradição.
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